PUB

Fact-Checks

Pílula do dia seguinte é abortiva e causa infertilidade?

8 Fev 2024 - 10:29
falso

Pílula do dia seguinte é abortiva e causa infertilidade?

A pílula do dia seguinte, nome pelo qual é conhecida a contraceção oral de emergência, serve para evitar uma gravidez não desejada ou não planeada após uma relação sexual desprotegida ou quando a contraceção regular falha. 

Apesar de já ser vendida em Portugal desde 2001, há várias dúvidas e mitos sobre este tipo de contraceção que ainda persistem. Será a pílula do dia seguinte abortiva? E causa infertilidade?

A pílula do dia seguinte é abortiva?

pílula do dia seguinte

Não, a pílula do dia seguinte não é abortiva. Isto é, se uma pessoa já estiver grávida, tomar um contracetivo oral de emergência não vai provocar o aborto.

Segundo a informação disponibilizada num texto de perguntas e respostas publicado no site do SNS 24, em Portugal, estão disponíveis dois tipos de pílula do dia seguinte: uma composta por acetato de ulipristal e outra composta por levonorgestrel.

No mesmo texto, explica-se que “a contraceção de emergência apenas atua através do bloqueio temporário da ovulação impedindo a fertilização”, ou seja, evita a gravidez ao impedir ou retardar a libertação do óvulo pelos ovários.

Também num texto informativo publicado na página do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS, na sigla inglesa), sublinha-se que “a contraceção de emergência não provoca um aborto”.

A pílula do dia seguinte causa infertilidade?

pílula do dia seguinte

O receio de que a toma da pílula seguinte possa causar infertilidade é também comum, mas não tem fundamento. Tal como se explica no site do SNS 24, “a pílula de emergência é segura, não afeta a sua fertilidade futura e não traz complicações à sua saúde”.

Aliás, segundo o mesmo texto, os efeitos secundários associados à toma da pílula de emergência “são muito raros”, embora, após a toma, poder “acontecer ter um ligeiro sangramento” ou “uma antecipação/atraso de uns dias da menstruação”.

PUB

Noutro plano, esclarece a mesma fonte, a contraceção oral de emergência “também não causa complicações na gravidez (nomeadamente complicações no feto) nos casos em que apesar da sua toma acontece uma gravidez”.

Existem outros tipos de contraceção de emergência?

pílula do dia seguinte

Embora a pílula do dia seguinte seja o método de contraceção de emergência mais conhecido pela população, não é o único, nem o mais eficaz. 

A outra opção disponível (e a considerada mais eficaz) é o dispositivo intrauterino (DIU) de cobre, que é inserido no útero por um profissional de saúde e que, segundo o SNS 24, “altera as condições dentro do útero da mulher, afetando o muco cervical, que fica mais espesso, afetando a mobilidade do espermatozoide, que não consegue alcançar o óvulo”.

No mesmo sentido, este dispositivo também atua ao impedir “a nidação, ou seja, a fixação do óvulo fecundo no útero”.

Importa sublinhar que a eficácia destes métodos depende da “precocidade da toma”. Isto é, “a eficácia será tanto maior quanto mais rapidamente for tomada após a relação desprotegida (ou irregularmente protegida)”.

Além disso, vinca-se no mesmo texto, “a contraceção de emergência é menos eficaz do que os métodos contracetivos de uso regular (por exemplo, a pílula, o anel vaginal ou selo)”. Por isso, aconselha-se, “sempre que possível, deve optar pelos métodos habituais de contraceção”.

LER MAIS ARTIGOS DO VIRAL:

PUB
falso
8 Fev 2024 - 10:29

Partilhar:

PUB